(Manuel de Barros - "O menino do mato")
Metamorfose
Sinto saudades,
do mesmo sol que queimou teu rosto
no mesmo banco que estou agora.
Os chás das manhãs
Tu jamais foste a mesma,
se foi, não foi minha
Eu jamais fui o mesmo,
se fui, não fui eu
Mas a marca corada no rosto
e o amarelo dos teus olhos jamais serão diferentes,
não nessa metamorfose repleta de saudade.
Tu foste a inconstância
que só eu podia ser.
Raoni Silva Moura
2 comentários:
Uau.
Não consigo parar de voltar aqui e ler esse poema.
Postar um comentário