quinta-feira, 9 de junho de 2011

"Cuando me enamoro doy toda me vida a quién se enamora de mi
Y no existe nadie que pueda alejarme de lo que yo siento por ti"
("Cuando me enamoro" Andrea Bocelli)

Saio do amor como quem sai da vida,

Devagarzinho, perdido, triste.

Como quem pensa que amanhã não sabe

Que hoje não lembra e que ontem não houve.


Já parto com vontade de voltar,

Mas volto com vontade de partir.


O mundo cai como um suor que escorre,

Cortando a face junto à lágrima

E como curar essa cicatriz invisível?

Esse corte profundo da alma.


Você me tirou da sombra quando estive lá

E jogou de volta quando estive aqui.


Queria sair do amor para entrar na vida

Leve, sereno, sincero

Como quem pensa amanhã será

Que hoje é certeza e que ontem sorri


Raoni Silva Moura

2 comentários:

Mary Jane disse...

lindo demais!!

Carolina Zuppo Abed disse...

Esse poema é bonito demais. A imagem do mundo-lágrima a cortar a face, enquanto escorre sem que se possa segurar, é maravilhosa. E a sensação da partida com desejo de chegada e chegada com desejo de partida é de uma simplicidade assombrosamente verdadeira. Triste e bonito, uma combinação que geralmente dá muito certo.