sexta-feira, 3 de julho de 2009

"Vem que a sede de te amar me faz melhor
eu quero amanhecer ao seu redor
preciso tanto te fazer feliz..."
(Roberto Carlos)


De vazios e esperança

Há uma gota de sangue em cada poema.
Há um brilho de belo em cada gota da gente.
Há um pouco de seu em cada coisa que sinto
Há um muito de nós em cada coisa que vejo.

É uma coisa que lembra
que pulsa
e que chora
sempre que sente saudades.

É um abismo sem fundo
um sempre-oco do não
e um eco que diz: nunca mais.

Mas ainda que claro e difuso
toda passagem deixa um rastro
e o fio de prata no mar
lembra à lua a onda que estava ali.

E a presença que há na ausência
contraria o eco, e declara:
que há vida no coração imóvel!
que há sonho na vida vazia!
que há horizonte por trás da bruma!

Carolina Zuppo Abed

5 comentários:

Nathacia Lucena disse...

Espera
que a espera se faz necessária e presente.
O horizonte nunca será alcançado, mas o próximo passo esse assim só depende da gente.
É necessário saber pra onde direcionar os pés cansados.
É necessário saber se é possível caminhar sozinho.

Espera, que a espera é o que resta.
Impossível caminhar na neblina.
No mínimo, perigoso, ou imprudente.

Espera que o cansaço da esperança ainda não chegou.

Carolina Zuppo Abed disse...

Que lindo, Ná!

Que bom que eu tenha te motivado a escrever de novo...

Não paremos, sim?

Ah, e obrigada pela sensibilíssima poesia e pelo carinho.

beijos de ócio... hehehe

bruno barrio disse...

gostei mto do fio de prata no mar. bjs

paulinho disse...

que bom que estão a estimular poesia. bonito trabalho.

Renata Tolentino disse...

"Há um pouco de seu em cada coisa que sinto
Há um muito de nós em cada coisa que vejo."

Que LINDO Carol!!!

Passei aqui para dar uma lida e matar as saudades né...

Um beijão!!!